segunda-feira, 30 de março de 2009

A culpa é sua!

É claro que fica parecendo panfletagem, coisa que passa daqui a pouco, mas vá tentar entender o contraste entre duas situações tão díspares como as mostradas no Fantástico de ontem, na TV Globo. De um lado, a tramóia terrível dos proprietários da Daslu, um dos paraísos da altíssima sociedade de consumo que, por ser altíssima, não tem porque se preocupar em responder a estas pequenas questões que afligem os mortais, como impostos e sonegação; do outro lado, encrustado em Cavalcante, norte de Goiás, algo que tecnicamente comete o erro fatal de existir, estão crianças várias que frequentam a escola instalada embaixo de uma tapera, com lousa aos pedaços, apenas com o intuito de comer 60 gramas de uma papa de arroz, leite e açúcar, a título de merenda. Em comum às duas histórias, o fato de ambas ocorrerem no Brasil, este país em que estamos agora, e por isso sermos cúmplices, c0-participantes, responsáveis, culpados.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Brascínico, meu Brascínico brascineiro!

Retratos do que a gente é: o delegado passa de investigador a investigado; o suspeito desaparece da mídia misteriosamente, apesar de tantas evidências; a estudantada e os partidos de esquerda, na falta de coisa melhor, elegem um policial da PF como herói da resistência. Só falta agora o Cláudio Lembo a discursar contra as elites.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Yes, weekend: como dizia o Obama

Hoje, segunda, antes weekend com este writer enfurnado full time no texto final de sua dissertação. A mesma que me encarreguei de entregar ao orientador, com a grandissíssima hope de estar próximo do end. Do happy end que eu e ele merecemos, I think, depois de tantas batalhas. Quem sabe os próximos weekends não serão de menores tensões, maiores delicadezas, alguma sobrevivência a mais. Como dizia o brother Obama: we can!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Corra e olhe o céu!

Quando parece que corremos céleres e irremovíveis para a barbárie, me ocorreu que uma boa homenagem à facilmente suposta expressão de desespero a que foi submetida ontem a menina Penélope, 5 ou 6 anos de uma vida interrompida pela loucura de quem lhe tinha a pomposa tarefa de responsável, seria a lembrança destes pequenos versos do Cartola, sambista mangueirense de tantos sucessos e uma certa dose de melancolia. Homenagem a Penélope e alerta a nós todos, que agora, além de termos de nos manter atentos a todas as ciladas que nos podem afetar por todos os lados, ainda deveremos instar para o que nos pode vir de cima, além do excremento dos pombos. Para registro, dizem os versos de Cartola: "corra e olhe o céu, que o sol vem trazer bom dia". Bom dia, Penélope.