domingo, 15 de novembro de 2009
Minha saia justa (e mais curta que a da Gleyce)
Difícil alguém não saber quem é a tal Gleyce a esta altura. Depois de todos os nossos moralistas de plantão terem saído de seus armários, de todos os editorialistas terem dedicado algumas pílulas de sua sabedoria, de todos os leitores de jornais e revistas terem vaticinado sobre liberdades, motivos e intenções, eis que a menina do vestido curto chegou ao topo: está prestes a ser a estrela de uma campanha nacional de lingeries, seus procuradores já estão em contato com alguma revista masculina para - quem sabe? - uma sessão de fotos, e hoje é uma das atrações do Fantástico, da televisão, para mostrar o seu guarda-roupas. Má notícia para as próximas, no entanto: tentem outra tática, pois a mídia não é de se emocionar muito com ideias repetitivas.
Será que é grave, Madonna?
Desde pequeno que me preocupo com uma minha anomalia. Coisa grave, pelo jeito. Nunca, em nenhuma fase da vida, me vi movido a grandes arroubos de idolatria, seja por que fosse. Agora, por estes dias, esteve aqui no Brasil de novo a chata da Madonna, seguindo o mesmo roteiro do chato do Sting, que por dá-cá-aquela-palha por aqui aporta. Nada de mais. O grave é o fato de eu nunca ter sentido a mínima vontade de estar com eles, correr atrás deles, estatelar em portas de hotel, fazer qualquer tipo de micagem pra chamar a atenção deles... O único mau súbito digno de registro de que me lembro, uma recaída, certamente, foi em uma visita do governador do Rio Leonel Brizola a Belo Horizonte, tempos idos já, em que aí sim eu desci até a sede da Câmara de Vereadores, então na rua Tamoios, bela tarde de domingo, e devo dizer que me emocionei de ver aquele sujeito com um lenço vermelho amarrado no pescoço, cortando a multidão, desfilando a sua dignidade histórica entre todos nós. Em outras palavras: vá pra casa, Madonna.
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