sexta-feira, 31 de julho de 2009
Muito prazer, meu nome é Junior.
O mexicano Brhadaranyakopanishadvivekachudamani Erreh Munoz batizou seu filho com o mesmo nome. E eu que pensava que não veria nome mais complexo que Og.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Meu país é o do futuro, e o seu?
Em resposta a meus milhares de leitores, faço claro que não defendo Sarney aqui nesta arena. Apenas critico a forma meio manjadinha da mídia de colocar um determinado personagem na roda e malhá-lo até onde for possível, sem muita preocupação com a solução do problema que originou toda a celeuma. O grande desafio seria deixar ver a todos os interesses que provocam estes surtos temporários de moralidade da grande imprensa. O que será, hem? De outra feita, é através dela mesmo - a imprensa - que me são derpertados os "instintos mais primitivos" (expressão célebre de um outro destes surtos passados) ao ouvir as degravações dos papos animados dos Sarneys - filho, neta, neta, assessor - numa clara demonstração de como os habitantes do "país do presente" negociam as benesses que a turma aqui do "país do futuro" vai ficar esperando para uma hora mais apropriada.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Sarney, você é Massa!
Para entender um pouquinho mais como se faz a produção de uma notícia no jornalismo de hoje, acompanhem as manchetes a respeito de dois personagens destes dias. Do Sarney, não se terá absolutamente nota alguma com algo que lhe seja digno. Do Massa, mesmo que a situação de sua saúde agrave, os jornalistas e as notícias deverão levar coisa de um mês para informarem como tal. Tá tudo tão bom, tudo tão perfeito que a gente chega a crer que todos merecíamos sofrer um acidente como aquele. Por outra, imaginem a surrealidade de descobrirem que o Sarney é que estava ao volante do carrinho e que o Massa, por sua vez, tivesse assumido o Senado na ausência do outro. Não dá pra arriscar como a mídia iria de repente inverter o discurso pra justificar que estava tudo certo no Senado e tudo errado na Ferrari. Seria cômico, não fosse trágico.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh... tum!
O Gabriel pede pra perguntar qual o nome do peixe que pulou do vigésimo andar.
Por favor, onde fica o abismo?
Há quanto tempo... Como bom jornalista que sou, diria que estava esperando que o país melhorasse um pouco, mas como não melhora, aí resolvi ajudar a piorá-lo de vez. Eis que retorno por causa da pendenga que envolve o Sarney, o único presidente de quem peguei a mão, certa vez, em Uberaba, quando além de promissor redator publicitário ainda me aventurava deliciosamente nas atividades de repórter de um programa terceirizado de televisão, produzido pela agência em que trabalhava. É claro que o presidente, ao ler estas mal digitadas, vai se lembrar deste episódio do cumprimento, ainda mais agora, nesta má hora em que ele se vê enfiado, sem quem lhe dê guarida. Penso que sou suspeito, por amigo do homem, mas me causa urticária acompanhar esta sequência de desditas que o vem acompanhando. Ficam-me as perguntas: será que alguém acredita mesmo que tudo isso tem algum motivo republicano (como autoridades e jornalistas gostam de dizer)?; será que ninguém sabia disso tudo há mais tempo?; será que é só com o Zé Ribamar que isto se dá?; será que não há um certo cinismo nesta coisa toda (com a desculpa de pensar em cinismo numa República poupada por Deus deste sentimento tão mesquinho, onde qualquer sinal de cinismo deve ter passado longe)? será que agora o Brasil chegará ao ideal de pureza d´alma e todos seremos honestos? Será, será, será? Quando chego mais perto destas manifestações de moralismo exacerbado, vindas de onde vierem, sempre me lembro de uma charge do Veríssimo, muito tempo atrás, em que um sujeito à beira do abismo recebe o consolo de alguns personagens políticos (acho que até o Sarney estava nesta), prontos para demovê-lo de saltar. O sujeito olha pros supostos salvadores e define: "prefiro o abismo". Estes excessos de puritanismo me sugerem o mesmo.
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