Quatro meninos foram ao campo e, por 100 reais, compraram o burro de um velho camponês. O homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte. Mas quando voltaram para levar o burro, o camponês lhes disse: - Sinto muito, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.
- Então devolva o dinheiro!
- Não posso, já gastei todo.
- De qualquer forma, queremos o burro.
- Para quê?
- Fazer uma rifa
- Estão loucos? Rifar um burro morto?
Um mês depois, o camponês se encontra novamente com os quatro e lhes pergunta: - E então, o que aconteceu com o burro?
- Como dissemos, rifamos. Vendemos 500 números a 2 reais cada um e arrecadamos 1.000 reais.
- E ninguém se queixou?
- Só o ganhador. Aí lhe devolvemos os 2 reais e ficou tudo resolvido.
Os quatro meninos cresceram e fundaram um banco chamado Opportunity, um outro o Banco Marka, o outro uma igreja de nome Universal e o último virou Ministro do Supremo Tribunal Federal.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Não, não, não digo não.
Depois não digam que este blog não avisou. São incontáveis os indignados e indignadas com a renúncia à renúncia do Aloísio Mercadante, senador por São Paulo, mas ao mesmo tempo são muitos, mas muitos os que dizem não acreditar em mais nada na política. Exceto, vejam bem, exceto em quem? José Alencar, que vem a ser o vice-presidente, salvo pela sua luta terrível contra o câncer. Não há coração de brasileiro médio que não amoleça frente a um câncer. Vejam uma nota passada: "Escolha o seu câncer". Com ela, ao menos o bigodudo Mercadante tem a chance de anunciar que descobriu que também está com um cancerzinho incipiente. Ou então será o caso de esperar pelo seu próprio derretimento público, torcendo para que o Lula não lhe peça coisas mais íntimas para as quais ele também não conseguirá dizer não.
A propósito desta patacada do senador, deem uma lida no que um articulista da Folha publicou lá hoje, sob o título Mais irrevogável que um beijo no asfalto. Marco Chiaretti desmonta uma meio verdade que vem pairando sobre todos nós desde a vitória de Obama, creditada quase que totalmente ao bom uso estratégico das novas mídias. Leiam, reflitam, digam não:
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) é aquele homem público que parece sempre querer destacar em suas atitudes e falas uma aura de (quase) juventude e modernidade. É o tipo do político que prestou muita atenção no sucesso da campanha de Barack Obama na eleição norte-americana do ano passado, e no uso que os encarregados da comunicação obamista fizeram das chamadas redes sociais.(No caso de Obama, aliás, caberia prestar atenção nos números das pesquisas pré-eleitorais: é fato que os democratas deram um banho nos republicanos no uso da web, principalmente nos quesitos arrecadação e mobilização em campanha, mas também é fato que ele foi eleito por causa da crise, principalmente. A rede ajudou, mas uma rede sozinha faz pouco -a Presidência dos EUA usa as ferramentas de web 2.0 para divulgar as teses de governo, mas agora o sucesso não é tão notável, se é que existe.)Mercadante tem site, página no Facebook, no Twitter e no Orkut, álbum de fotos no Flickr e de vídeos no YouTube e deve ter mais páginas em outros portais e redes sociais que não conheço. Ele "está em rede". Há nisso uma busca constante pela aproximação com o público, o jovem em particular. Um político moderno e "progressista" falando aos jovens.O problema é que essas ferramentas "em rede" são de uma crueldade abissal, definitiva. Uma coisa é "falar", outra muito diferente é "escrever". E o Twitter é uma mídia onde se costuma escrever com a "leviandade", digamos, do discurso oral. É assim que funciona. "Verba volant", diziam os antigos, mas "scripta manent". No Twitter elas voam como passarinho e vão pousar em tudo quanto é galho. E lá ficam. Quantas vezes Mercadante disse que renunciaria ao cargo de líder do seu partido e depois desdisse o que havia dito? Pelo que leio, três vezes. E daí? Daí, nada, que na cena política essa questão de pedirem para esquecer (e esquecerem) é bastante comum. Só que agora ficou registrado na pedra: "Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável", escreveu o senador. Irrevogável. E transmissível, como um vírus, de tela a tela.
A propósito desta patacada do senador, deem uma lida no que um articulista da Folha publicou lá hoje, sob o título Mais irrevogável que um beijo no asfalto. Marco Chiaretti desmonta uma meio verdade que vem pairando sobre todos nós desde a vitória de Obama, creditada quase que totalmente ao bom uso estratégico das novas mídias. Leiam, reflitam, digam não:
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) é aquele homem público que parece sempre querer destacar em suas atitudes e falas uma aura de (quase) juventude e modernidade. É o tipo do político que prestou muita atenção no sucesso da campanha de Barack Obama na eleição norte-americana do ano passado, e no uso que os encarregados da comunicação obamista fizeram das chamadas redes sociais.(No caso de Obama, aliás, caberia prestar atenção nos números das pesquisas pré-eleitorais: é fato que os democratas deram um banho nos republicanos no uso da web, principalmente nos quesitos arrecadação e mobilização em campanha, mas também é fato que ele foi eleito por causa da crise, principalmente. A rede ajudou, mas uma rede sozinha faz pouco -a Presidência dos EUA usa as ferramentas de web 2.0 para divulgar as teses de governo, mas agora o sucesso não é tão notável, se é que existe.)Mercadante tem site, página no Facebook, no Twitter e no Orkut, álbum de fotos no Flickr e de vídeos no YouTube e deve ter mais páginas em outros portais e redes sociais que não conheço. Ele "está em rede". Há nisso uma busca constante pela aproximação com o público, o jovem em particular. Um político moderno e "progressista" falando aos jovens.O problema é que essas ferramentas "em rede" são de uma crueldade abissal, definitiva. Uma coisa é "falar", outra muito diferente é "escrever". E o Twitter é uma mídia onde se costuma escrever com a "leviandade", digamos, do discurso oral. É assim que funciona. "Verba volant", diziam os antigos, mas "scripta manent". No Twitter elas voam como passarinho e vão pousar em tudo quanto é galho. E lá ficam. Quantas vezes Mercadante disse que renunciaria ao cargo de líder do seu partido e depois desdisse o que havia dito? Pelo que leio, três vezes. E daí? Daí, nada, que na cena política essa questão de pedirem para esquecer (e esquecerem) é bastante comum. Só que agora ficou registrado na pedra: "Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável", escreveu o senador. Irrevogável. E transmissível, como um vírus, de tela a tela.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Não chore, Isinbayeva...
De cortar o coração o sentimento do brasileiro médio. Outro dia desses, por causa do campeonato mundial de atletismo que vai acontecendo na Alemanha, eis que a recordista do salto com vara, a russinha Yelena Isinbayeva, derreteu dois bravos jornalistas. Juca Kfouri, o queridinho de dez entre dez de nossas figuras públicas e privadas, não resistiu e fez uma comparação da atleta com o seu amigo Pelé, ambos ícones esportivos e que, mesmo depois de derrotas, tiveram (como ela terá) forças para voltar a ganhar. Quando isso acontecer, a Rússia virá de joelhos nos agradecer. Do outro jornalista, repórter da TV Globo, não sei o nome, mas foi tão ou mais tocante, ao final da sua matéria, pedir a Yelena que não chorasse mais, pois "seus olhos são tão bonitos..." De pensar o que um e outro diriam à Daiane dos Santos, depois de um duplo twist carpado.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Lancem seus livros: últimas oportunidades
No país dividido entre prós e contras Lula, digamos que eu tendo mais pro lado dos prós, não obstante às vezes me espantar demais com certos discursos e algumas barbaridades do presidente, que são de arrepiar. Por outro lado, tão arrepiantes quanto suas metáforas são alguns jornalistas a se arvorar de autores de livros que têm um mesmo personagem em comum. Quem, adivinhem quem? O Lula. São o que se poderia chamar de gigolôs intelectuais do presidente. Ou, em outra palavra, oportunistas. Um deles, mais ágil, saiu à frente tratando o presidente de seu país de "anta". Deve ter faturado bem, pois em seguida veio um seu parceiro de páginas e denominou o país como sendo "dos petralhas", o que não deve significar coisa muito boa. Agora vem um terceiro e lança um tal "dicionário Lula", enfatizando na capa o nome do seu personagem predileto, para não haver dúvidas de que também quer a sua parte. Como se sabe, o mandato está acabando e, com ela, as oportunidades.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Com mil Batmans, Coringa!
Pode ser brincadeira, mas o jornalista Alberto Dines, no http://www.observatoriodaimprensa.com.br/, saiu-se com uma daquelas barbaridades que fazem pensar se não terá sido preciosismo do Criador nos conceder o dom do racionalismo. Diz Dines que as instituições republicanas vivem um de seus piores momentos (será?!) e que apenas uma organização social será capaz de salvar-nos desta situação dantesca. Adivinhem qual é esta tal representação social. Ela mesmo: a nossa imprensa. Vá lá que a ideia geral não está errada, mas apontar a nossa imprensa, no contexto em que a temos hoje, como guardiã da cidadania republicana, é o equivalente a colocar o Coringa pra tomar conta de Gotham City.
Tá estranhando o quê?
Ah, tá todo mundo achando engraçado que depois do discurso do Sarney a poeira baixou, a mídia deu um tempo, as coisas parece que vão se ajeitando? Arrepare não, seu moço, que a vida é assim mesmo. Se o país é do futuro, as coisas só podem melhorar no futuro, não sabe?
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Vocês nao valem nada, mas gostamos de vocês
Depois de ter visto o Renan Calheiros ser empossado ministro da justiça do governo Fhc, imaginei que nada mais podre pudesse acontecer. Descobri que pode, sempre pode e poderá neste lodaçal de cinismo de que fazemos parte. A foto recente de Lula abraçado ao Fernando Collor, a performance deste mesmo sujeito e do Renan que um dia foi seu aliado, depois o abandonou e agora (quando escrevo, ao menos) é de novo seu cupincha num debate com um gaúcho todo histriônico de que não lembro o nome, mais agora a foto do mesmo Collor com o Sarney que certo dia foi escorraçado por aquele do palácio onde exercia o cargo de presidente, tudo isso e muito do que ainda vai acontecer é exemplo eloquente de que o que nos falta, definitivamente, é uma válvula de descarga potente, próxima de um tsunami.
Dois (ou três?) axiomas aritméticos
Na verdade, quem tem um poblema tem dois.
Só há três tipos de pessoas: os que sabem contar e os que não sabem.
Só há três tipos de pessoas: os que sabem contar e os que não sabem.
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