quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Uma viagem sem sair do lugar

Pode até ser que pensar para o bem não cause lá grandes efeitos, mas pensar para o mal com força dá certo que só vendo. Estamos em viagem do que se supunha seriam férias, apesar dos largos avisos, caras e bocas de sempre a dizer que tudo vai dar errado, nada vai dar certo e revoguem-se todas as outras frases contrárias. Tiro e queda (felizmente, não a do avião): hospedagem na casa de amigos com prazo de validade curtíssimo (prazo referente às artes de anfitriar e - vá lá - de amizade mesmo, que não era lá essas coisas); na primeira oportunidade, fomos quase postos pra fora, naturalmente com a maior das elegâncias; um dia de chuva intermitente a beira-mar e todos os vaticínios de que seriam todos os dias; doenças, mal-estares, alergias, tudo acontecendo ao mesmo tempo; reserva de carro não-confirmada para uma possível viagem ao sul da Bahia em função de limites de cartão de crédito; pedido de socorro ao pretenso amigo provocando quase que uma hecatombe emocional; dias sequentes de sol a pino fazendo lembrar que estas praias afinal não são boas... Tem mais, mas fiquemos por aqui. A tudo isso, some-se o acompanhamento do drama de uma minha madrinha, a oscilar em unidades de terapia intensiva, lutando para sobreviver. Foi como o caso da maquininha fotográfica que insistiu em vir na viagem: não registrou nenhuma passagem, ou quase nenhuma, por causa de um defeito qualquer. Ela é que estava certa: registrou o que tinha para registrar, no nada que foi o que pensamos que pudesse ser.  

2 comentários:

Pat S disse...

Tá demorando pra voltar aqui, brou...
Tô com saudades!

E que venha um post mais up!

Beijos.
Amo você.

Pat S disse...

Não se posta mais acá?