O blogueiro Reinaldo Azevedo, golpista da revista Veja, que reproduzi aqui alguns posts abaixo, falando justo sobre a racionalidade humana, volta ao tema por ocasião do assassinato do chargista Glauco e do seu filho Raoni, em Osasco. Mais uma vez, ele trata com propriedade sobre a "maravilha" e o "horror" que convivem dentro de nós. Dá pra pensar.
Tenho a impressão de que aí está a origem da tragédia que colheu a família Villas-Boas. E todos nós devemos lamentar profundamente o ocorrido. Mas sem dourar a pílula; sem dourar o daime. Os místicos advertem, muitas vezes, quando se debatem certos assuntos: “É melhor não mexer com essas coisas”, sugerindo que um mundo espiritual, mágico talvez, possa reservar surpresas terríveis, o famoso “desconhecido”. Católicos tendem a ser racionalistas. Não temo nunca o que vai além do homem, o outro mundo. Temo só o que está NO homem. Ele é a fonte de toda a maravilha e de todo horror. E é bom que as religiões todas, a minha e a de qualquer um, tenham noções dos seus limites. Talvez o daime permita sensações que o Prozac, o Zyban ou Zoloft jamais proporcionarão. Mas será sempre um erro supor que uma infusão, a hóstia consagrada ou o amuleto de um pastor possam tomar o lugar daqueles remédios e do saber que os trouxe à luz. Que Glauco e seu filho descansem em paz. E que os vivos escolham a razão que liberta.
Um comentário:
Pois é! Uma tragédia como essa pode render muitas interpretações tendenciosas...
Postar um comentário