quinta-feira, 30 de junho de 2011
Das éguas e dos gays
Nestes nossos tempos em que até a pós-modernidade parece tímida para tanta indefinição, eis que outro dia somos deparados com esta cena na capa da Folha de São Paulo. Um homem supostamente assediando uma égua, com exagerados carinhos para o animal absolutamente desfalecido de tanto amor. Nada mais natural, portanto, já que uma vez por dia somos premiados com novas fotos de casais gays daqui e de onde for, nas mesmas páginas seculares da Folha. Qual não foi meu estranhamento ao ler a legenda e ver que não se tratava bem do que eu pensara. Era o dono da égua, emocionado com a morte dela, atropelada, logo ela, seu mais caro objeto de trabalho. Alguns dias depois, no entanto, um brasileiro qualquer, destes de bom coração, prontificou-se a doar uma outra égua ao pobre sujeito, para que todos voltassem a viver felizes para sempre. Mais ou menos como os gays na mídia.
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Um comentário:
Quando vi a notícia na tv, do homem abraçado à égua atropelada, fiquei muito comovida. Por que, eu sei que quando convivemos com animais nos apegamos a eles, com gays também. Depende apenas de ser amoroso ou não.
A malícia não é uma boa conselheira.
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