sábado, 9 de abril de 2011
Uma cidade extreeeeeeemamente delicada
Deve ser da idade, mas hoje a televisão nos proporcionou mais um destes momentos ternamente esquecíveis da sua história. Houve um jogo de vôlei entre o Cruzeiro, de Minas, e o Futuro, de Araçatuba, em São Paulo. O segundo jogo entre eles pelas semi do campeonato nacional. No primeiro, gatilho do que aconteceu hoje, a torcida de Minas vociferou contra um jogador do time paulista, homossexual, insultando-o o tempo todo com aqueles corinhos típicos de estádios e aglomerações. Hoje, no jogo em São Paulo, o que fez a torcida paulista? Encheu o estádio de bandeiras, balões, camisetas, tudo na cor rosa ou com aquele arco-íris que representa o movimento gay mundial. Se após o jogo de Minas o que se ouviu foi uma grita geral contra os insultos, agora o que indigna é o fato de sermos forçados a acreditar que este excesso de delicadeza da torcida paulista represente de fato alguma preocupação com a defesa dos gays e suas demandas. Mais uma vez estava clara a artificialidade das ações, que mais serviriam para abalar emocionalmente o time do Cruzeiro do que efetivamente demonstrar algum bom mocismo desta moçada toda. Deu certo: o time de Araçatuba ganhou o jogo. Se tivesse perdido, acho que a torcida queimaria aquela bandeirada toda...
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