“Quem se aventura a tentar entender um pouco o que significa o tal de merchandising acaba muitas vezes deixando de entender outros termos que pensava que sabia”. Foi esta a definição nem um pouco definitiva que certa vez ouviu-se em uma sala de aula. Mas, no fim das contas, o bicho não é tão feio quanto parece.
Se formos verificar em algum compêndio de marketing, lá vai estar que merchandising vem do inglês (até aqui, nada de novo) e quer dizer comercialização, promoção, entre outras coisas do gênero. Isto segundo o bom e velho dicionário Oxford Escolar, onde conta-se que estamos falando de uma técnica de marketing no ponto-de-venda que consiste em proporcionar uma melhor visualização do produto ou da marca. Motivo? Para instigar o consumidor a se motivar por aquela marca ou produto na hora da compra.
“Sim, entendi”, alguém poderá dizer, pensando que entendeu. Mas, se a questão do merchandising está ligada a alguma ação realizada no ponto-de-venda, que história é aquela de realizar merchandising em novelas, bigbrothers etc., como todos já devem ter ouvido falar ou observado nos letreiros finais de tais programas. Pelo que se sabe, a tela da televisão não é exatamente o ponto-de-venda de uma marca ou produto.
Esta é uma outra história, e tem a ver com o fato de os veículos de comunicação, eminentemente os canais de TV, terem convencionado chamar tais ações, de inserção daqueles tais produtos ou marcas dentro de uma atração especifica, seja novela ou qualquer outra faixa, exatamente de merchandising. Apenas isso.
Os americanos, que têm certeza de que sabem tudo, têm outro nome para isso: eles chamam esta inserção de tie-in, o que tem muito mais sentido. Não há uma tradução literal da expressão, mas é o equivalente a envolver o produto ou marca dentro do programa tal. Simples, não?
Mas voltemos ao merchandising do ponto-de-venda. Neste, algumas multimarcas do mundo da moda vêm procurando dar uma reestruturada no visual. Mudou a temporada, estas marcas ganham novas decorações, cada grife com seus temas. Cada uma destacando-se por sua originalidade e pioneirismo. Aí estão grifes como Alexander McQueen, Salvatore Ferragamo e Yves Saint Laurent com seus novos visuais seguindo as tendências do verão.
Uma sugestão: por que não usar a natureza no visual de sua loja?! O verde continua em alta nesta onda infinda de sustentabilidade, e algumas marcas apostam em diferentes interpretações da natureza, como vasos de plantas, às vezes em maior destaque do que o próprio vestuário ou em tapetes verdes dando um aspecto de grama e reforçado com imagens de árvores ao fundo. Fica a dica.
Com um olhar mais extravagante, sofás coloridos preenchem os espaços com manequins de madeira e rostos caricaturados, tudo para fazer contraste com os espaços já citados. Há também a proposta clean, com destaque para a arquitetura e os móveis, além de elementos convencionais e luminárias arrojadas. A marca Comme des Garçons investiu num ambiente variado para várias coleções, manequins personalizados e estruturas de metal dispostos para mostrar as próximas tendências.
Como se pode ver, o apelo do merchandising não é deve ser considerado apenas como uma ferramenta de marketing lá do Hemisfério Norte. A tendência das lojas, seja de que área for, é de provocar interação com o cliente, com muita criatividade, uso e abuso de ideias.
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